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domingo, 13 de maio de 2012

Plantando Temperos em Garrafa Pet com auto irrigação


Essa matéria é muito boa, plantar vários tipos de temperos, em garrafas pet, interligadas,para se irrigarem. Confiram o video:




Ficou assim:





Eu não falo inglês, mas ele utitliza, silicone para colar,eu não sei o que ele usa, mas eu vou misturar na água  o biofertilizante feito em casa, na composteira, aprenda como faze-lo clique aqui


Auto Irrigador com uma garrafa pet, e seis garrafas menores:








Ferramentas usadas:
furadeira manual, 1 broca polegadas, Tesoura, Silicon sarjeta Clear, suprimentos: uma garrafa de refrigerante grande, garrafas de refrigerante 6 x menores, 2 x esponja de cozinha, meio de cultura, Método: Encha a garrafa de refrigerante grande com água e congelar noite, o que torna mais fácil de fazer furos. Então faça 6 x 1 "buracos em torno da borda angular de garrafa. Então gelo degelo da garrafa debaixo da torneira morna. Corte as garrafas pequenas de cerca de metade 2/3rds ao longo garrafa, em seguida, cortar uma abertura com extremidade curva entre a área de rótulo. Adicionar silício para pescoço de garrafa e linha no orifício da garrafa grande, repetir para todas as garrafas. Corte esponja para cerca de 1 polegada de largura e linha jogou pescoço pequena garrafa em garrafa grande para formar um pavio. Preencha com o crescimento médio e encha com água / mistura, tampa lugar no frasco principal. esperar 24 horas para o solo a absorver a umidade das sementes, em seguida, escolha da planta a crescer. No meu exemplo eu usei coentro / coentro e espinafre. superior até nível garrafa principal a cada 2 semanas .



Fontes:
http://urbangreensurvival.blogspot.com.br/2010/08/hanging-bottle-garden-farm.html
http://urbangreensurvival.blogspot.com.br/2011/10/self-watering-propeller-bottle-garden.html

Fazendo Horta Orgânica em Casa-Muito fácil!


Como fazer:
1-Escolha um vaso com furos;

2-Encha um terço do vaso com brita ou pó de brita, para a drenagem(ou qualquer pedrinha que você tenha);

3-Coloque uma mistura de duas partes de terra, uma parte de composto orgânico e uma parte de húmus até a borda do vaso;(você pode fazer o seu próprio composto orgânico, é bem fácil, se você não sabe como fazer um clique aqui

4-Espalhe um pouco de areia;

5-Plante as mudas;




Em espaços médios




Se você dispõe de um espaço um pouco maior, pode plantar as espécies diretamente na terra, em um canteiro. Você pode cultivar os mesmo alimentos indicados para os vasos, além de outros, que precisam de mais espaço.

Passo a passo:

1. Revolver o solo com enxada ou pá, deixando a terra bem solta e fofa;

2. Misturar o composto orgânico;

3. Deixar o canteiro 20 centímetros acima do nível do terreno;

4. A largura do canteiro deve ser de no máximo 1,20 m;

5. Marcar os espaçamentos (exemplo: os pés de alface devem ficar a dois palmos um do outro);

6. Posicionar as mudas de maneira intercalada, em forma de triângulo, para evitar a erosão;

7. Misturar as sementes com areia e espalhar com a mão sobre o canteiro de maneira mais uniforme possível;

8. Regar pelo menos uma vez ao dia. Em regiões quentes, duas vezes ao dia até as mudas emergirem. Regar nas horas frescas, de preferência pela manhã.

Em espaços grandes


Hortas grandes exigem mais cuidados, mas a recompensa pode ser grande/Foto: blog visão

Se você possui uma área maior, como um terreno ou um amplo quintal, pode fazer uma horta mais estruturada e com maior variedade de alimentos. Essas dão mais trabalho, mas certamente você será compensado.

Passo a passo:

1. Monte a sua horta orgânica em uma área sem muito movimento. Se você tiver animais, coloque uma cerca de bambu, madeira ou outro material para que eles não entrem.  Escolha um lugar que receba muito sol. Se você mora em uma região seca, é preciso ter uma fonte de água próxima.

2. Limpe a área que será plantada. Você precisa tirar as ervas, o capim, as plantas velhas e as pedras. Aproveite esses resíduos naturais para produzir seu próprio adubo natural.

3. Are a terra quando tiver limpado o terreno. Use enxada ou arado para remover bem. A terra deve estar úmida para ser arada.

4. Coloque o composto orgânico na terra para que ela seja mais fértil e as frutas, verduras e legumes cresçam facilmente. Espalhe uma camada de 4 cm de adubo e misture bem com a terra da superfície.

5. Para plantar, faça um desenho da sua horta. Informe-se sobre como cresce cada fruta, verdura e legume que você pretende plantar, como eles devem ser agrupados e qual é a distância necessária entre eles para um bom crescimento.

6. Faça sulcos a cada 30 cm, que atravessem a horta inteira. Isso organizará suas frutas e verduras e permitirá que você se desloque sem problemas pela plantação. Coloque tijolos, pedras ou madeiras dentro desses sulcos para poder andar sem pisar nas plantas.

7. Siga as instruções das embalagens das sementes. Informe-se sobre o crescimento e agrupe-as de acordo com as informações que você obteve ou as indicações de um especialista.

8. Proteja a sua horta contra pragas e insetos. Remova as ervas-daninhas que crescerem entre as plantas, já que elas absorvem a água que a sua horta precisa para crescer.

Dicas:

Se o seu terreno é muito argiloso, acrescente areia junto com o adubo, para ele ficar mais permeável à água.
A irrigação é fundamental para um bom crescimento. O sistema por gotejamento é o ideal.
Você pode colocar palha nos sulcos para evitar o crescimento de ervas-daninhas.
Os tempos de crescimento de cada verdura, cada fruta e cada legume são diferentes, assim como as estações do ano em que cada um deve ser plantado. Informe-se bem a respeito e confira a tabela abaixo para saber quando plantar cada muda.




fontes:
http://www.ecodesenvolvimento.org.br/voceecod/aprenda-a-fazer-uma-horta-organica-dentro-de-casa




Compostagem-Aprenda a fazer composto orgânico em casa





Obs.Morgana: Compostagem é o meio prático e fácil de criar o seu próprio composto orgânico, ou seja uma terra rica para suas plantas, feito com os restos de legumes e frutas,cascas ,etc..( No segundo vídeo não explica ,mas coloque uma vasilha abaixo da vasilha com furos para que você pegue o chorume).
Chorume: É um poderoso biofertilizante líquido orgânico, que você dilui na água e rega a planta.
Ele é  esse residuo liquido que se forma embaixo do recipiente, da composteira.



Compostagem em recipiente maiores:
Cuidados

Alterne os materiais orgânicos com terra ou adubo pronto até que a pilha fique bem alta, com aproximadamente 1,5 metros. Regue o recipiente de compostagem regularmente para manter o composto umedecido e remexa o material todos os dias ou a cada dois dias, para assegurar o fornecimento adequado de oxigênio.

À medida que você adiciona novas matérias orgânicas e remexe o composto, você estará misturando o lixo intacto com camadas parcialmente decompostas. O material quase acabado assentará no fundo porque as partículas são menores. Dessa forma, é dali que você deverá retirar o composto pronto.

Para avaliar se já está no momento certo, verifique se a temperatura está adequada (ela deve girar em torno de 38ºC) e se ainda é possível visualizar algum material parecido com o lixo que foi depositado (nesse caso, é melhor esperar mais um pouco). O volume do material também deve estar reduzido, a cor dever ser marrom escuro ou preto, a textura macia e o cheiro deve ser de terra.

Usando o composto

Quando seu adubo orgânico estiver pronto, você já pode utilizá-lo. Misture-o com o solo antes de plantar ou aplique sobre a superfície do vegetal. O ideal é que o material seja utilizado assim que recolhido da composteira. Quanto mais rápido, mais nutrientes ele terá.

O que pode ser compostado?

Restos de legumes, verduras, frutas e alimentos, filtros e borra de café, cascas de ovos e saquinhos de chá, galhos de poda, palha, flores de galho e cascas de árvores, papel de cozinha, caixas para ovos e jornal, penas e cabelos, palhas secas e grama (somente em pequenas quantidades).

O que não pode ser compostado?

Materiais não putrescíveis ou de difícil decomposição, e outros por razões de higiene ou por conterem substâncias poluentes como carne, peixe, gordura e queijo (podem atrair roedores), plantas doentes e ervas daninhas (microrganismos doentes e ervas daninhas podem se multiplicar), vidro, metais e plásticos, couro, borracha e tecidos, verniz, restos de tinta, óleos, todo tipo de produtos químicos e restos de produtos de limpeza, cinzas de cigarro, de madeira e de carvão, inclusive de churrasco, saco e conteúdo de aspirador de pó (valores elevados de metais e poluentes orgânicos), fezes de animais domésticos, papel higiênico e fraldas (por razões de higiene).

Fontes:
http://www.ecodesenvolvimento.org.br/voceecod/guia-da-compostagem-uma-solucao-para-o-lixo




Aprenda a Plantar e cultivar temperos em vasos

Alho-Cultivar e Plantar em Casa



O alho é uma erva culinária fácil de cultivar que exige um mínimo de manutenção após o plantio. Leia este artigo para encontrar algumas das dicas úteis que você pode seguir para o cultivo de alho em casa.
Alho é uma erva de importância, tanto medicinais e condimentares, todos os aficionados preferem cultivá-lo em um horta. É uma pequena erva anual que cresce a uma altura de cerca de 12-16 polegadas.
 Cada planta de alho requer um pequeno espaço para crescimento e desenvolvimento. Assim, mesmo se você tem espaço limitado para o plantio, você pode plantar uma quantidade suficiente de cultura do alho no jardim. Ou então, você pode manter plantas de alho em potes e recipientes.
 Com tantas opções práticas para o cultivo de alho em casa, você não pode dar desculpas para não plantar esta erva maravilhosa.



Como cultivar alho em Casa
Alho exige pelo menos 7-8 meses para o desenvolvimento de bulbos saudáveis. Você pode plantar alho como uma cultura de inverno, é o momento ideal para o cultivo de mais variedades de alho. Os adeptos são da opinião de cultura do alho plantadas durante essa epoca por produzir bulbos maiores e mais saudáveis. Se você plantar alho no outono, você será capaz de colher bulbos de alho para o próximo verão. Para o cultivo de alho em casa, você pode consultar as seguintes dicas úteis:

Etapa 1
Primeiro de tudo, escolha um local de plantação que recebe a luz solar abundante. Além disso, a planta de alho realiza melhor em solos bem drenados, que tem um pouco ácidas à faixa de pH neutro (de preferência 6.5-7). Se você está cultivando alho em vasos e recipientes, preparar o solo, tomando nota dos requisitos. Para a exposição ao sol, você pode colocar os recipientes nas áreas iluminadas.

Etapa 2
Assim que você já tem planejado a área de plantio de alho. O próximo passo crucial é a escolha da variedade correta de alho para os seus tipos de solo e condições climáticas. Caso você não tiver certeza de qual tipo de alho que melhor desempenho em sua área, tendo em conta o conselho de seu horticultor local.

Etapa 3
Supondo que você comprou as lâmpadas correta e alho saudável, agora separar os dentes de cada indivíduo. De um bulbo de alho, você pode escolher o cravinho 8-10 de maior tamanho para crescer em seu jardim (ou vaso). Assegure-se que não existem pontos fracos ou prejuízo para os dentes que você selecionou. Caso contrário, podem apodrecer os dentes depois de inseri-los no solo.

Etapa 4
Cavar o solo com a ajuda de uma pá na área do jardim que você tem planejado para cultivar alho. No caso de, o solo é pesado e viscoso, não há chances de a água ficar marcado no solo. Para evitar tal situação, o que não é preferível para a cultura do alho, você pode misturar o solo com uma quantidade adequada de areia e um punhado de composto orgânico.

Etapa 5
Para o plantio do alho, você pode empurrar o solo com sua mão (profundidade de cerca de 1 ½ polegada) e queda de um dente de alho de forma a que a parte sem corte é voltada para baixo e a outra parte é apontado para cima. Em seguida, cobrir o dente de alho com o solo e pressionar ligeiramente. Medida de um espaço de cerca de 4 polegadas e siga o mesmo procedimento para plantar outro. Continue a fazer o mesmo até que tenha coberto a área de plantio.

Etapa 6
Depois de ter plantado dentes de alho, água-los levemente. Molhar regular todos os dias ou em dias alternados é necessário para o desenvolvimento rápido das folhas. Você pode adicionar cobertura morta sobre o solo superior para reter a umidade e proteger os dentes de invasão de plantas daninhas. Adicione uma nova camada de cobertura morta durante a temporada de primavera. Controle de ervas daninhas é um fator muito importante para a formação de bulbos saudáveis.

Etapa 7
Se você observar o desenvolvimento hastes de flores no meio, cortá-los na base, sem ferir as folhas. Para a formação do bulbo maior, você pode complementar o solo com composto de capoeira. Regue as plantas de alho uma vez em uma semana, até a folhagem fica amarela. Quando as folhas caem, você pode cortar as folhas mais baixas, para que não haja mais nutrientes para a ajuda ao desenvolvimento do bulbo.

Etapa 8
Com a chegada do verão, as folhas de alho vai secar completamente. Esta é uma indicação de que os alhos estão maduras e prontos para a colheita. Delicadamente, retire os bulbos de alho sem danificá-los. Para o armazenamento de bulbos de alho, você pode seca-los em uma área bem ventilada.
Então, essa é a forma como você pode cultivar e colher alho. Cultivo de alho em casa é muito fácil, contanto que você selecionar as variedades que mais se adaptem ao solo e condições climáticas prevalecentes de sua área. Assim, você pode plantar saudável plantas de alho no seu jardim e desfrutar de seu sabor e benefícios à saúde.


Fontes:http://www.lifestyles.com.br/index.htm/2009/11/cultivo-de-alho-em-casa/



domingo, 6 de maio de 2012

A Colina dos Elfos-Hans Christian Andersen





(Esse conto é lindo e mágico)

A colina dos elfos 

Por:Hans Christian Andersen


Umas ágeis lagartixas correram pelas fendas do tronco de uma velha árvore. Entendiam-se muito bem, pois todas falavam a língua de lagartixa.
- Que barulheira tem havido lá na velha Colina dos Elfos! - disse uma delas - já lá vão duas noite que não prego olho, por causa do alarido lá em cima. Eu podia estar na cama com dor de dente, que dava na mesma: em tal situação também não consigo dormir.
- Há qualquer coisa lá dentro - disse outra lagartixa - ficam na Colina, onde se erguem os quatro pilares vermelhos, até a hora do galo cantar. Estão limpando tudo, e as jovens elfas aprenderam novos bailados. Preparam alguma coisa, na certa.
- Falei com uma minhoca de minhas relações - informou uma terceira lagartixa - ela vinha directamente da colina, onde cavara a terra noite e dia. Ouvira muita coisa, pois ela apenas ouve: não vê, não enxerga, a coitada. Só se vale mesmo do tacto, para ajudar a audição. Esperam visitantes na Colina, visitantes ilustres. Quem são, a minhoca não quis dizer. Ou simplesmente não sabia. Todos os fogos-fátuos foram convocados, para realizarem uma marcha de archores. Ouro e prata, que não faltam lá na colina, estão sendo polidos e postos a enxugar sob a luz da Lua.
- Quem poderão ser esses visitantes? - perguntaram todas as lagartixas - o que irá haver por lá? ouçam: que zoada! Que burburinho!
Naquele momento abriu-se a Colina dos Elfos e saiu uma velha elfa solteirona, sem costas (segundo a mitologia escandinava, os elfos, embora muito graciosos e bonitos de frente, não têm costas: são ocos por trás), mas muito bem vestida, andando num passinho miúdo e rápido. Era a velha governanta do Rei dos Elfos. Tinha certo parentesco, embora remoto, com a família real, e trazia, como insígnia, um coração de âmbar na frente. Como andava depressa! Em seu passinho curto, as perninhas não paravam. Ela foi direto ao pântano, onde morava o Engole-Vento.
- O sr. está convidado a ir à Colina dos Elfos esta noite - disse ela - mas peço-lhe a gentileza de fazer-nos primeiro um grande serviço. Peço-lhe que se encarregue de distribuir os convites. Já que o sr. mesmo não tem casa, pode fazer-nos esse favor. Vamos receber visitas, gente muito nobre e ilustre, duendes de alta linhagem, e o velho Rei dos Elfos quer apresentar a todos eles o que há de melhor.
- Quem será convidado? - perguntou o Engole-Ventos.
- Para o grande baile pode vir todo o mundo, até seres humanos, contanto que saibam falar dormindo ou conheçam um pouco de outras artes nossas. Mas, para a festa inicial, haverá rigorosa selecção: só queremos a fina flor da sociedade, o que há de mais aristocrático. Já discuti com o Rei, pois, a meu ver, nem mesmo os fantasmas devemos convidar. O Tritão e suas filhas devem ser convidados em primeiro lugar; não gostam de ficar no seco, mas poderão receber, cada um, uma pedra molhada para sentar, ou coisa ainda melhor. Espero que assim não se recusem a vir dessa vez. A seguir, devem ser convidados todos os velhos duendes de primeira categoria, os de cauda, o Homem do Ribeirão e os anões. Penso também que não podemos deixar de convidar o Porco do Sepulcro, o Cavalo da Morte e o Gnomo da Igreja (segundo a superstição popular, na Dinamarca, em baixo de cada igreja que é construída, deve ser sepultado um cavalo vivo; o fantasma deste cavalo é o Cavalo da Morte, que anda à noite, mancando, pois tem só três pernas, e vai às casas onde alguém está para morrer. Em algumas igrejas era enterrado um porco vivo, e o fantasma desse porco era chamado o Porco do Sepulcro). Eles pertencem ao clero, não são, na verdade, gente nossa, mas, enfim, têm o seu cargo. Além disso, sempre nos visitam. Logo, creio que devem ser lembrados.
- Croááá... - disse o Engole-Vento, que antes tinha os apelidos Noitibó e Curiango.
E saiu voando, para convidar o pessoal.
As moças elfas já dançavam na Colina. Bailavam com um xale longo, tecido de névoa e luar, o que é lindo para os olhos que apreciam coisa assim. No centro da Colina dos Elfos, o grande salão estava muito bem arrumado e enfeitado. O chão fora lavado com luar e as paredes polidas com unguento de feiticeira, o que as deixara brilhantes como pétalas de tulipa diante da luz. A cozinha estava abarrotada de iguarias finas - como rãs no espeto, peles de cobra-d'água, dedinhos de criança pequena, saladas de semente de chapéu-de-cobra, focinhos de camundongo molhados em cicuta, cerveja fabricada pela Bruxa do Charco, vinho cintilante de salitre das câmaras mortuárias subterrâneas, enfim: todos os manjares mais substanciais e deliciosos. Pregos enferrujados e cacos de vidraça de igreja figuravam entre as sobremesas.
O velho Rei dos Elfos mandou polir sua coroa de ouro com lápis de lousa. Era o lápis de um primeiro aluno da classe, coisa muito difícil de obter para o Rei dos Elfos. No dormitório penduravam cortinas e as prendiam com saliva de cobra-d'água. Havia, de fato, grade azafama, um interminável burburinho.
- Agora é defumar tudo com crina e cerdas de porco queimadas, e creio que fiz minha parte - disse a velha elfa solteirona.
- Paizinho! - suplicou a mais nova das elfas - irei afinal saber quem são os nobres visitantes?
- Está bem - disse o pai - não tenho outro remédio senão revelá-lo. Duas de minhas filhas têm de estar prontas para o casamento. Duas vão certamente nos deixar, para casar. Virá aqui, com os seus dois filhos, que devem escolher mulher, o Duende-Ancião lá de cima, da Noruega, residente na velha montanha de Dovre e senhor de muitos castelos, situados nas rochas, e de uma mina de ouro que vale mais do que se pensa. Ele é o verdadeiro tipo do velho norueguês, honrado, alegre e simples. Conheço-o dos velhos tempos, quando bebíamos juntos e fizemos camaradagem. Ele tinha vindo cá, buscar sua esposa, que já é morta. Era a filha do Rei das Penedias de Moen. Tenho muita saudade do velho duende norueguês. Os filhos, dizem, são uns rapazes malcriados e fanfarrões. Mas, quem sabe? Talvez não seja verdade. Além disso, eles podem mudar com o tempo. Vamos ver se minhas filhas os põem no bom caminho.
- E quando vêm eles? - perguntou uma das filhas.
- Depende dos ventos e do tempo - disse o Rei do Elfos - eles fazem uma viagem económica. Vêm de navio. Eu queria que viessem pela Suécia, mas o velho não gosta daqueles lados. Ele não acompanha a evolução do tempo, e isso, a meu ver, é o seu único defeito.
Naquele momento vieram pulando dois fogos-fátuos, um mais depressa que o outro, por isso chegou primeiro.
- Eles vêm vindo! Eles vêm vindo! - avisou.
- Dai-me minha coroa e deixai-me ficar no lugar! - disse o Rei.
As filhas ergueram os longos xales e inclinaram-se até o chão.
Lá estava o Duende-Anão de Dovre, com sua coroa de pontas de gelo endurecidas e cones de pinheiros polidos. Trajava uma pele de urso, e calçava botas de inverno; os filhos, porém, vinham de pescoço descoberto e sem suspensórios, pois eram homens fortes.
- Isso é Colina? - perguntou o mais novo dos rapazes, apontando a Colina dos Elfos - na Noruega chamamos a isso um buraco!
- Meninos! - disse o velho - buracos vão para dentro, colinas vão para cima! Não tendes olhos para ver?
Só de uma coisa se admiravam: entenderam, sem dificuldade, a língua do lugar.
- Não nos façais de tolos! - disse o velho - devia-se crer que ainda cheirais a cueiros!
Entraram assim na Colina dos Elfos, onde se achava reunida a seleta e festiva companhia. Mas parecia reunida às pressas, como amontoada pelo vento. No entanto, tinham cuidado do conforto individual de cada um. A gente do mar estava à mesa, sentada em grandes vasilhas de água, e diziam que se sentiam como em casa. Todos observavam a etiqueta, com exceção dos dois jovens duendes noruegueses, que punham os pés sobre a mesa, convencidos de que para eles tudo ficava bem.
- Tirem as patas de cima da mesa! - disse o velho duende, e os rapazes obedeceram, embora com relutância.
Com os cones de pinheiros que traziam nos bolsos, faziam cócegas nas damas, suas vizinhas de mesa. Em seguida, tiraram as botinas, para ficarem mais à vontade, e deram-nas a uma das damas, para segurar. O pai, o velho Duende de Dovre, sim, era diferente. Sabia contar coisas bonitas das altas montanhas norueguesas, de cachoeiras que despencavam, brancas de espuma, com um fragor que parecia trovão e música de órgão misturados. Falou do salmão, que salta contra a água da correnteza, quando o génio das águas dedilha sua harpa de ouro; falou das brilhantes noites hibernais, quando soam as campainhas dos trenós e os rapazes correm, com archotes acesos, sobre os lisos campos de gelo - gelo tão transparente que as pessoas vêem, a seus pés, os peixes fugirem espavoridos. Sabia narrar com tanta vivacidade que se via e ouvia o que ele contava. Era como se escutassem as serrarias em movimento, os rapazes e moças cantando e dançando. De repente, arrebatado, o velho duende beijou a velha elfa solteirona - mas foi como um beijo de tio, embora nem fossem parentes.
Chegou a vez de as moças dançarem - não só simples bailados como sapateados. Seguiram-se bailados artísticos, individuais, e como sabiam elas usar as penas! No auge da dança, não se sabia mais o que era um lado e o que era outro, o que eram braços e o que eram pernas. Giravam com tal rapidez que o Cavalo-da-Morte até se sentiu mal e teve de sair da mesa.
- Prrrr! - disse o velho Duende - que festa de pernas!
Mas o que sabem elas, além de dançar, levantar as pernas e fazer remoinhos?
- Já o saberás! disse o Rei dos Elfos.
E chamou a mais jovem de suas filhas, fina e clara como o luar, a mais delicada dentre as irmãs. Ela tomou na boca uma varinha branca, e praticamente desapareceu. Era esta a sua arte.
O Duende-Ancião, porém, disse que não apreciava aquele tipo de arte em uma esposa, e que, segundo acreditava, também seus filhos não haveriam de apreciá-la.
A outra moça conseguia andar ao lado de si própria, como se projectasse uma sombra, coisa que os duendes não têm.
A terceira era completamente diferente: trabalhava na cervejaria da Feiticeira do Charco e sabia lardear nós de amieiro com pirilampos.
- Esta dará uma boa dona de casa - disse o Ancião, piscando os olhos.
Seguiu-se a quarta moça. Trazia consigo uma grande harpa de ouro, e, quando feriu a primeira corda, todos ergueram a perna esquerda, pois os duendes são canhotos; quando feriu a segunda corda, todos tiveram de fazer o que ela queria.
- Mulher perigosa! - opinou o Duende-Ancião.
Seus dois filhos saíram da Colina entediados com tudo aquilo.
- E o que sabe fazer a filha seguinte? - perguntou o velho.
- Aprendi a gostar de tudo quanto é norueguês - disse ela - e só me casarei com a condição de poder ir a Noruega!
- É só porque ela ouviu dizer, numa canção norueguesa, que quando o mundo se acabar, os picos noruegueses ficarão, como monumentos do passado - cochicou ao Duende-Ancião a irmã mais nova - por isso ela quer ir lá para cima, pois vive com medo do fim do mundo.
- Ah! - disse o Duende-Ancião - então é por isso? Mas o que sabe fazer a sétima e última das moças?
- Antes da sétima vem a sexta! - rectificou o Rei dos Elfos, que sabia calcular.
Mas a sexta não tinha grande vontade de aparecer.
- Só sei dizer a verdade a todos - disse ela, afinal - ninguém se importa comigo e tenho meu tempo ocupado em costurar minha própria mortalha.
Veio a sétima e última. Que sabia ela? Sabia contar fábulas, tantas quantas quisesse.
- Aqui estão todos os meus cinco dedos - disse o Duende-Ancião - conta-me uma história a respeito de cada um deles.
A moça tomou-lhe a mão, e ele riu-se a valer. Quando ela chegou ao Seu-Vizinho, que tinha anel de ouro na cintura, como se soubesse que ia haver noivado, disse o Duende-Ancião:
- Segura o que tens! A mão é tua! A ti eu mesmo quero por esposa.
A moça objectou que restava contar ainda a história de Seu-Vizinho e de Minguinho.
- Estas ouviremos no inverno - disse o Duende-Ancião - e ainda a história do pinheiro, a da bétula e a dos dotes das fadas e do frio cortante. Tu terás muitas histórias a contar, pois é coisa que ninguém sabe direito lá em cima. E nós ficaremos na casa de pedra, iluminada pela luz do archote, e tomaremos nosso vinho caseiro nos cornos de ouro dos antigos reis noruegueses. O génio da água presenteou-me com alguns. Lá nos virá visitar o Duente do Gar, que te contará todas as cantigas das pastoras. Será muito alegre! O salmão saltará na cachoeira, baterá na parede de pedra, mas não conseguirá entrar. Sim, podes crer, tudo é muito belo na querida e velha Noruega! Mas onde estão os rapazes?
Sim, onde estão os rapazes? Andavam correndo pelo campo e sopravam os fogos-fátuos, apagando-os, coitados, a eles que tinham vindo para realizar a marcha dos archotes.
- Isso é coisa que se faça? - censurou o Duende-Ancião - acabo de tomar uma mão para vós. Podeis tomar agora uma das tias.
Os rapazes, porém, disseram que preferiam fazer um discurso e beber, celebrando o acontecimento. Não tinham vontade de casar. Fizeram, pois, seus discursos, beberam e celebraram. Em seguida tiraram os casacos e deitaram-se na mesa, para dormir, sem a menor cerimónia. O ancião, no entanto, ficou andando em volta da sala, dançando com sua jovem noiva, e trocou de botina com ela, o que lhe parecia mais elegante que trocar de anéis.
- O galo está cantando! - anunciou a velha solteirona, dona da casa - temos de fechar as janelas, para que o Sol não brilhe aqui dentro.
E a Colina dos Elfos fechou-se.
Lá foram as lagartixas corriam para baixo e para cima, na árvore oca.
- Como gostei do Duende-Ancião norueguês! - disse a lagartixa à companheira.
- Pois eu gostei mais dos rapazes - revelou a minhoca.
A pobrezinha, porém, não enxergava: era um bicho insignificante.





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