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terça-feira, 28 de junho de 2011

O Sargento Verde-Conto de Monteiro Lobato

O Sargento Verde
Por : Monteiro (Histórias de Tia Nastácia)


Era uma vez um homem muito rico, que tinha uma filha, linda, linda. Um dia apareceu um moço, também muito lindo, que quis casar com ela. Foi combinado o casamento, mas Nossa Senhora, que era madrinha de batismo da moça, apareceu-lhe num sonho e disse:

— Minha filha, toma cuidado, porque vais casar com o "cão". Depois do casamento teu marido há de querer levar-te para a casa dele, e o que tens de fazer é o seguinte: irás montada no cavalo mais magro que houver; quando chegares a um ponto do caminho, onde há uma encruzilhada, teu marido quererá tomar pela esquerda; tu tomaras pela direita e nesse momento lhe mostrarás um rosário. Ele então estoura e vai para o inferno.


Afinal chegou o dia do casamento e houve grandes festas, mas desde a noite do sonho a moça andava numa grande tristeza. As palavras de Nossa Senhora não lhe saíam da imaginação.

Na hora da partida trouxeram-lhe um lindo cavalo. Ela recordou-se do sonho e não quis montar nele; pediu outro — o mais magro e feio que houvesse. O pai estranhou aquela esquisitice, mas a moça tanto insistiu que ele teve de ceder — e lá se foi ela no cavalo mais magro e feio que havia.
Quando chegaram à encruzilhada, o "cão" quis que a moça tomasse pelo lado
esquerdo, dizendo ser esse o caminho que levava à sua casa.
— Vá o senhor na frente — respondeu a moça — eu sigo atrás. — E assim que ele
enveredou pela esquerda, ela tomou pela direita e sacudiu no ar o rosário.
Mal fez isso, ouviu-se um estouro e o ar se encheu de fedor de enxofre. É que o "'cão"
havia rebentado e ido para o inferno.

A moça continuou a galope por aquele caminho da direita, até que bem lá adiante teve a idéia de mudar de figura. Apeou, cortou os cabelos e vestiu-se de homem — uma roupa verde. E, verdinha assim, chegou a um reino onde se ofereceu para entrar no exército do rei como sargento.

O rei gostou muito daquele sargento, a ponto de convidá-lo a passear com ele pelos jardins do palácio. É tantos passeios houve que a rainha ficou apaixonada pelo sargento e lhe declarou o seu amor. Mas o sargento respondeu: "Senhora, eu jamais trairei meu rei."
A rainha, furiosa da vida, levantou um falso contra ele, dizendo ao marido o seguinte:

— Saiba Vossa Majestade que o Sargento Verde anda se gabando de que é capaz de subir a cavalo as escadarias do palácio, jogando para o ar três laranjas e aparando-as no mesmo copo.
Admirado daquilo, o rei mandou chamar o Sargento Verde e contou-lhe o caso. O
Sargento Verde respondeu:
— Saiba Vossa Majestade que eu não disse isso; mas como a rainha minha senhora
afirma que eu disse, estou pronto para subir a cavalo as escadarias e jogar as três laranjas.

Disse aquilo por dizer e, muito triste da vida, foi conversar com o seu cavalo magro, ao qual contou tudo. O cavalo aconselhou-a a que não se amofinasse e que no dia marcado tudo fizesse como a rainha queria.

No dia marcado o Sargento Verde se apresentou para a grande prova, e de fato subiu e desceu várias vezes as escadarias, montado em seu cavalo magro; e lançou para o ar as três laranjas, que aparou direitinho no copo, sem errar uma só.
Teve os maiores aplausos de todos, menos da rainha, que mordeu os lábios de ódioDias depois, num dos seus passeios pelos jardins do palácio, a rainha achou jeito de novamente lhe declarar amor — e pela segunda vez o sargento respondeu que jamais trairia o seu bom rei. A rainha, então, mais danada ainda, inventou que o Sargento Verde andava dizendo que era capaz de plantar uma bananeira à hora do almoço e ter bananas maduras à hora do jantar.

O rei mandou chamar o Sargento Verde e indagou dele se era verdade aquilo. O sargento respondeu que nada havia dito, mas como não queria desmentir a rainha, estava pronto para plantar a bananeira.
Disse isso e foi, muito triste, conversar com o cavalo magro, o qual lhe falou que
plantasse a bananeira e deixasse o resto por sua conta.

No outro dia, lá pela hora do almoço, o Sargento Verde foi e plantou uma muda de bananeira no pátio do palácio, e a planta começou logo a crescer e a deitar cacho, de modo que quando o jantar foi posto na mesa já havia bananas maduras.

Todos abriram a boca de admiração, mas a rainha mordeu os lábios até verter sangue. Apesar disso, tentou mais uma vez o Sargento Verde, declarando-se apaixonada por ele, e o sargento pela terceira vez respondeu que jamais enganaria o seu bom rei. A malvada rainha então foi dizer ao marido que o Sargento Verde andava se gabando de ser capaz de passear a cavalo sobre ovos, sem quebrar um só.

O rei mandou chamá-lo e perguntou se era verdade. O Sargento Verde respondeu que não era, mas como não queria desmentir a rainha, estava pronto para andar a cavalo em cima dos ovos. E andou. Passeou montado no cavalo magro por cima de dúzias de ovos sem quebrar um só.

A rainha inventou contra ele uma quarta perversidade, e foi que ele andava dizendo ser capaz de ir ao fundo do oceano em busca da irmã do rei, que fora aprisionada por um monstro.

O rei chamou o Sargento Verde e indagou se era verdade. Ele disse que não, mas que estava pronto para ir ao fundo do mar em busca da princesa encarcerada. Disse isso e foi conversar com o cavalo magro, ao qual contou tudo.

— Não se amofine — murmurou o cavalo — arranje uma garrafa de azeite, um saquinho de sal e um papel de alfinetes; depois monte em mim e vá para a praia; lá puxe a espada e corte o mar em cruz: as águas se abrirão; entre pela abertura e vá até onde estiver a moça; agarre-a e ponha-a na garupa e toque para trás. Mas muito cuidado com o monstro que guarda a princesa; ele vai persegui-la, e o meio de evitar isso é derramar o saquinho de sal e depois soltar os alfinetes. Durante a corrida a moça pronunciará três palavras. Tome muito sentido nessas palavras.

O Sargento Verde prestou a maior atenção a tudo; arranjou o azeite, o sal, os alfinetes e partiu para a praia do mar. Lá puxou a espada e cortou as águas em cruz. Imediatamente as águas se abriram e ele entrou, e foi até onde estava a princesa encarcerada. Agarrou-a, botou-a à garupa e voltou correndo para a praia. Assim que saiu do mar, a moça disse: "Já!" Ele tomou nota da palavra e viu que o monstro vinha correndo atrás deles.

Lembrando-se da recomendação do cavalo, derramou o saquinho de sal. Imediatamente formou-se uma cerração que atrapalhou o monstro a ponto de fazê-lo parar, sem saber para onde dirigir-se. Enquanto isso, o moço continuava no galope, com a moça à garupa. Logo adiante ela murmurou "Bela!" O Sargento Verde tomou nota da palavra e viu que o monstro havia rompido o nevoeiro e vinha vindo na disparada. Então soltou no ar os alfinetes. Imediatamente se formou uma cerradíssima floresta de espinheiros, que o monstro não pôde atravessar.

Logo depois a princesa, avistando o palácio, murmurou "Tudo!" — e o Sargento Verde tomou nota. Chegaram, houve grandes festas e a rainha ficou ainda mais apaixonada pelo Sargento Verde.

Mas a princesa trazida do fundo do mar não falava. Além das três palavras ditas durante a viagem não pronunciou nem mais uma só. Todos se convenceram de que era muda — e a rainha se aproveitou do fato para lançar outra falsidade contra o Sargento
Verde. "Ele anda dizendo — cochichou ao ouvido do rei — que é capaz de fazer a princesa
muda falar."
O rei indagou do Sargento Verde se era verdade e ele respondeu como das outras
vezes; depois foi perguntar ao cavalo o que devia fazer.

— Não tenha medo de nada — respondeu o cavalo. — Na hora do almoço, dê com uma corda na princesa até que ela conte qual foi a primeira palavra que pronunciou logo ao sair do mar; e na hora do jantar dê-lhe outra sova até que ela conte qual foi a segunda palavra; e na hora da ceia, outra sova até que diga a terceira palavra. Faça isso que a princesa ficará falando.

O Sargento Verde assim fez. Na hora do almoço passou mão numa corda e gritou: "Conte, moça, qual foi a palavra que me disse logo que saímos do mar!" E como ela se conservasse de boca fechada, êle, lepte! lepte! e tanto deu que ela falou: "Já!" "E que quer dizer isso?" Com mais algumas lambadas a moça respondeu que queria dizer: "Já estou livre de muitos trabalhos."

No jantar repetiu-se a cena, e tantas lambadas levou a princesa que repetiu a segunda palavra, "Bela!" e explicou que aquilo queria dizer: "Somos duas donzelas, eu e o Sargento Verde, cujo verdadeiro nome é Lucinda."
Na ceia, a corda fez que a moça repetisse a terceira palavra, "Tudo!" isto é, que se
Lucinda fosse homem há muito tempo que a rainha já teria fugido com ele.

Esses acontecimentos assombraram menos ao rei e à corte do que verem Lucinda aparecer vestida de mulher, com o seu cavalo magro virado num lindo príncipe, que logo se casou com a princesa trazida do fundo do mar. O rei não perdoou a traição da rainha. Mandou que a soltassem pelos campos amarrada a dois burros bravos, e casou-se com a boa Lucinda, no meio de grandes festas. E acabou-se a história.


domingo, 26 de junho de 2011

Os Sete Corvos-Conto dos Irmãos Grimm


Os Sete Corvos
dos Irmãos Grimm



Era uma vez um homem que tinha sete filhos, todos meninos, e vivia suspirando por uma menina. Afinal, um dia, a mulher anunciou-lhe que estava mais uma vez esperando criança.
No tempo certo, quando ela deu à luz, veio uma menina. Foi imensa a alegria deles. Mas, ao mesmo tempo, ficaram muito preocupados, pois a recém-nascida era pequena e fraquinha, e precisava ser batizada com urgência. Então, o pai mandou um dos filhos ir bem depressa até a fonte e trazer água para o batismo.





O menino foi correndo e, atrás dele, seus seis irmãos. Chegando lá, cada um queria encher o cântaro primeiro; na disputa, o cântaro caiu na água e desapareceu. Os meninos ficaram sem saber o que fazer. Em casa, como eles estavam demorando muito, o pai disse, impaciente:
- Na certa, ficaram brincando e se esqueceram da vida!
E, cada vez mais angustiado, exclamou com raiva:
- Queria que todos eles se transformassem em corvos!
Nem bem falou isso, ouviu um ruflar de asas por cima de sua cabeça e, quando olhou, viu sete corvos pretos como carvão passando a voar por cima da casa. Os pais fizeram de tudo para anular a maldição, mas nada conseguiram; ficaram tristíssimos com a perda dos sete filhos. Mas, de alguma forma, se consolaram com a filhinha, que logo ficou mais forte e foi crescendo, cada dia mais bonita. Passaram-se anos.
A menina nunca soube que tinha irmãos, pois os pais jamais falaram deles. Um dia, porém, escutou acidentalmente algumas pessoas falando dela:
- A menina é muito bonita, mas foi por culpa dela que os irmãos se desgraçaram…
Com grande aflição, ela procurou os pais e perguntou- lhes se tinha irmãos, e onde eles estavam. Os pais não puderam mais guardar segredo. Disseram que havia sido uma predestinação do céu, mas que o batismo dela fora a inocente causa. A partir desse momento, não se passou um dia sem que a menina se culpasse pela perda dos irmãos, pensando no que fazer para salvá-los.
Não tinha mais paz nem sossego. Um dia, ela fugiu de casa, decidida a encontrar os irmão onde quer que eles estivessem, nesse vasto mundo, custasse o que custasse. Levou consigo apenas um anel de seus pais como lembrança, um pão grande para quando tivesse fome, um cantil de água para matar a sede e um banquinho para quando quisesse descansar.
Foi andando, andando, se afastando cada vez mais, e assim chegou ao fim do mundo. Então, foi falar com o sol. Mas ele era assustador, quente demais e comia crianças. A menina fugiu e foi falar com a lua. Ela era horrorosa, mais fria que o gelo, e também comia crianças. Quando viu a menina, disse com um sorriso mau:
- Hum, hum… que cheirinho bom de carne humana!
A menina se afastou correndo e foi falar com as estrelas. Encontrou–as sentadas, cada uma na sua cadeirinha. Todas elas foram bondosas e amáveis com ela.
A Estrela D’alva ficou em pé e lhe deu um ossinho de frango, dizendo:
- Sem este ossinho, você não poderá abrir a Montanha de Cristal, e é na Montanha de Cristal que estão seus irmãos.
A menina pegou o ossinho, embrulhou-o num pedaço de pano, e de novo se pôs a andar. Andou, andou e afinal chegou na Montanha de Cristal. O portão estava fechado; quando desembrulhou o paninho para pegar o osso, ele estava vazio! Ela havia perdido o presente da estrela… E agora, o que fazer? Queria salvar os irmãos, mas não tinha mais a chave da Montanha de Cristal.
Sem pensar muito, meteu o dedo indicador dentro do buraco da fechadura e girou-o, mas o portão continuou fechado. Então, pegou uma faca em sua trouxinha, cortou fora um pedaço do dedo mindinho, meteu o pedaço do dedo na fechadura: felizmente, o portão se abriu.
Assim que ela entrou, um anãozinho veio a seu encontro:
- O que esta procurando, minha menina?
- Procuro meus irmãos, os sete corvos.
- Os senhores corvos não estão em casa e vão se demorar bastante. Mas, se quiser esperar, entre e fique à vontade.
Assim dizendo, o anãozinho foi para dentro e voltou trazendo a comida dos corvos em sete pratinhos, e a bebida em sete copinhos. A menina comeu um bocadinho de cada prato e bebeu um golinho de cada copo, mas deixou cair o anel que trouxera dentro do último copinho. Nesse momento, ouviu-se um zunido e um bater de asas no ar.
- São os senhores corvos que vêm vindo – explicou o anãozinho. Eles entraram, quiseram logo comer e beber e se dirigiram para seus pratos e copos. Então um disse para o outro:
- Alguém comeu no meu prato! Alguém bebeu no meu copo! E foi boca humana!
E quando o sétimo corvo acabou de beber a última gota de seu copo, o anel rolou até o seu bico. Ele reconheceu o anel de seus pais e exclamou:
- Queira Deus que nossa irmãzinha esteja aqui! Então, estaremos salvos!
Ao ouvir esse pedido, a menina, que estava atrás da porta, saiu e foi ao encontro deles. Imediatamente, os corvos recuperaram sua forma humana. Abraçaram-se e se beijaram na maior alegria e, muito felizes, voltaram todos para casa.

O Bicho Manjaléu-Conto de Monteiro Lobato

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O Bicho Manjaléu
Por : Monteiro Lobato
ERA UMA VEZ um velho que tinha três filhas muito bonitas, mas um velho muito pobre, que vivia de fazer gamelas. Uma vez passou pela sua casa um lindo moço a cavalo; parou e declarou que comprar uma das moças. O velho se ofendeu; disse que por ser pobre não era nenhum malvado que andasse vendendo as filhas; mas diante das ameaças do moço teve que aceitar o negócio. Lá se foi a sua primeira filha na garupa do cavaleiro, e o velho ficou olhando para o ouro recebido.


No dia seguinte apareceu outro moço, ainda mais lindo, montado num cavalo ainda mais bonito e propôs-se a comprar a filha do meio. O velho, bastante aborrecido, contou o que se tinha passado com a primeira, e não quis aceitar o negócio. O moço ameaçou matá-lo, e também lá se foi com a segunda moça na garupa, deixando com o velho dois sacos de dinheiro.
No dia imediato apareceu terceiro moço e depois da mesma discussão lá se foi com a derradeira moça na garupa, deixando em troca três sacos de dinheiro.
O velho ficou muito rico, mas sem as filhas, e começou a criar com grandes mimos um filhinho que havia nascido fora de tempo. Quando já estava na escola esse menino teve uma briga com um companheiro, o qual lhe disse: "Você está prosa por ter pai rico, mas saiba que ele já foi um pobre diabo que vivia de fazer gamelas. Está rico porque vendeu as filhas."
O menino voltou pensativo para casa, mas nada disse. Só quando ficou moço é que pediu ao pai que lhe contasse a história das três irmãs vendidas. O pai contou tudo e ele resolveu sair pelo mundo em procura das irmãs.
No meio do caminho encontrou três irmãos brigando por causa duma bota, duma carapuça e duma chave. Indagando o valor daquilo, soube que eram uma bota, uma carapuça e uma chave mágicas. Quando alguém dizia à bota: "Bota, bote-me em tal parte!" a bota botava. E se diziam à carapuça: "Carapuça, encarapuce-me!" a carapuça encarapuçava, isto é, escondia a pessoa. E se diziam à chave: "Chave, abre!" a chave abria qualquer porta.
O moço ofereceu pelos três objetos o dinheiro que trazia e lá se foi com eles.
Logo adiante parou e disse: "Bota, bote-me em casa de minha primeira irmã." Mal acabou de pronunciar tais palavras, já se achou na porta de uma palácio maravilhoso. Falou com o porteiro. Pediu para entrar, dizendo que a dona do palácio era sua irmã. A irmã soube de sua chegada, acreditou em suas palavras e o recebeu muito bem.
__ Mas como conseguiu chegar até aqui, meu irmão?
__ Por meio da bota mágica - respondeu ele.
E contou toda a história de sua partida e do encontro dos três objetos mágicos.
Tudo correu muito bem, mas assim que começou a entardecer a irmã pôs-se a chorar.
__ Por que chora, minha irmã?
__ Ah - respondeu ela - choro porque sou casada com o rei dos Peixes, um príncipe muito bravo que não quer que eu receba ninguém neste palácio. Ele não tarda a chegar, e mata você, se enxergar você aqui...
O moço deu uma risadinha, dizendo:
__ Não tenha medo de nada. Com a carapuça mágica saberei esconder-me.
O rei chegou e logo levantou o nariz para o ar, farejando: - "Sinto cheiro de gente de fora!" mas a rainha mostrou que não havia por ali ninguém e ele sossegou. Tomou um banho e se desencantou num lindo moço.
Durante o jantar a rainha fez esta pergunta:
__ Se aparecesse por cá um irmão meu, que faria vossa Majestade?
__ Recebia-o muito bem - disse o rei - porque o irmão da rainha, cunhado do rei é. E se ele está por aqui, que apareça.
O irmão encarapuçado apresentou-se, sendo muito bem recebido. Contou toda a sua história, mas não aceitou o convite de ficar morando ali por ter de continuar pelo mundo em procura das outras irmãs. O rei olhou com inveja para as botas mágicas, dizendo: "Se eu as pilhasse, iria ver a rainha de Castela."
Na hora da partida o rei deu-lhe uma escama. "Quando estiver em apuros, pegue nesta escama e diga: Valha-me, rei dos Peixes!"
O moço agradeceu o presente e lá se foi depois de dizer à bota: "Bota, bote-me na casa de minha segunda irmã", e imediatamente se achou defronte de outro palácio, onde foi recebido pela segunda irmã, que era a esposa do rei dos Carneiros. "Meu marido logo chega por aí, a dar marradas a torto e a direito, e você não escapa."
__ Com a minha carapuça escapo - respondeu o rapaz, rindo-se. E contou a virtude da carapuça encantada. E de fato foi assim, correndo tudo direitinho como lá no palácio do reis dos Peixes. Na hora da partida o rei dos Carneiros disse: "Tome este fio de lã. Quando estiver em apuros, basta que pegue nele e diga: "Valha-me, rei dos Carneiros!" Em seguida, olhou com inveja para as botas mágicas. "Se as pilhasse, iria ver a rainha de Castela."
Logo que o moço se viu na estrada, parou e disse à bota. "Bota, bote-me em casa da minha terceira irmã", e a bota botou-o no portão dum terceiro palácio ainda mais belo que os outros. Era ali o reino do rei dos Pombos, onde tudo aconteceu como no reino do rei dos Peixes e no reino do rei dos Carneiros. Foi muito bem recebido e festejado, até que na hora da partida o rei do Pombos suspirou olhando para as botas, e disse: "Se eu pilhasse essas botas, iria ver a rainha de Castela." Em seguida deu ao moço uma pena, dizendo: "Quando estiver em apuros, pegue nesta pena e diga: "Valha-me, rei dos Pombos!"
Logo que o moço se viu na estrada, pôs-se a pensar na tal rainha de Castela que os três príncipes queriam visitar, e disse à bota mágica: "Bota, bote-me no reino da rainha de Castela!" e num instante a bota o botou lá.
Soube que era uma princesa solteira, tão linda que ninguém passava pela frente de seu palácio sem erguer os olhos, na esperança de vê-la à janela - mas a princesa tinha jurado só se casar com quem passasse pelo palácio sem erguer os olhos.
O moço então passou pela frente do palácio sem erguer os olhos e a princesa imediatamente casou com ele. Depois do casamento a princesa quis saber para que serviam aqueles objetos que ele sempre trazia consigo - e o que mais a interessou foi a chave de abrir todas as portas.
A razão disso era haver no palácio uma sala sempre fechada, onde o rei não permitia que ninguém entrasse. Nela morava o Manjaléu - um bicho feroz, que por mais que o matassem revivia sempre. A princesa andava ardendo de curiosidade de ver o bicho Manjaléu, e certa vez, em que o rei e o marido foram à caça, pegou a chave e abriu a porta da sala do mistério. Mas o bicho feroz pulou e agarrou-a, dizendo: "Era você mesma que eu queria!" E lá se foi para a floresta com a pobre moça ao ombro.
Quando o rei e o marido da princesa voltaram da caça e souberam do acontecido, ficaram desesperados. Mas o dono das botas mágicas prometeu consertar tudo. Agarrou-as e disse: "Bota, bote-me onde está minha esposa." E a bota botou-o.
O moço encontrou a princesa sozinha, pois que o Manjaléu andava pelo mato caçando.
__ Minha querida esposa - disse ele - precisamos dar cabo desse monstro feroz, mas para isso é necessário que eu saiba onde é que ele tem a vida. A vida do Manjaléu está tão bem oculta que todas as tentativas para matá-lo têm falhado. Trate de saber onde ele tem a vida.
A princesa prometeu que assim faria, e quando o Manjaléu voltou deu jeito da conversa recair naquele ponto. Manjaléu desconfiou.
__ Ahn! Quer saber onde eu tenho a vida para me matar, não é? Não conto, não.
Mas a princesa, teimosa, tanto insistiu durante dias que o bicho Manjaléu resolveu contar tudo. Antes disso ele amolou, bem amolado, um alfanje, dizendo: "Vou contar onde está minha vida mas se perceber que alguém quer dar cabo de mim corto sua cabeça com esse alfanje, está ouvindo?"
A princesa aceitou a proposta. Ele que contasse tudo que ela ficaria com pescoço às ordens do alfanje, no caso de alguém atentar contra a vida do monstro. E o bicho Manjaléu então contou: "Minha vida está no mar. Lá no fundo há um caixão; nesse caixão há uma pedra; dentro da pedra há uma pomba; dentro da pomba há um ovo; dentro do ovo há uma velinha, que é a minha vida. Quando essa vela se apagar, eu morrerei."
No dia seguinte, quando o bicho Manjaléu saiu novamente a caçar, o marido da princesa, que estivera escondido pela carapuça, apresentou-se. "E então?" - perguntou. A princesa contou-lhe direitinho tudo que ouvira ao monstro.
O moço dirigiu-se à praia do mar e pegou na escama, dizendo: "Valha-me, rei dos Peixes!" E imediatamente o mar se coalhou de peixes que indagavam do que ele queria.
__ Quero saber em que ponto do fundo do mar há um caixão assim e assim.
__ Eu sei - respondeu um enorme baiacu. - Ainda há pouquinho esbarrei nele. Esse caixão está em tal e tal parte.
__ Pois quero que me tragam aqui esse caixão.
Os peixes saíram na volada; logo depois apareceram empurrando um caixão para a praia. O príncipe abriu-o e encontrou a pedra. Como quebrá-la? Lembrou-se do fio de lã. Pegou no fio de lã e disse: "Valha-me, rei dos Carneiros!" Imediatamente apareceram inúmeros carneiros, que deram tantas marradas na pedra que a partiram.
Enquanto isso, lá longe, o Manjaléu, com a cabeça no colo da princesa e o alfanje na mão, ia sentindo coisas esquisitas.
__ Minha princesa - disse ele - estou me sentindo doente. Alguém está mexendo na minha vida.
E sua mão apertou o cabo do alfanje.
A princesa engambelou-o como pôde, para ganhar tempo. Ela saiba que seu marido, estava em procura da vida do monstro.
Assim que os carneiros quebraram a pedra, uma pombinha voou de dentro e lá se foi pelos ares. O moço lembrou-se da pena, pegou-a e disse: "Valha-me, rei dos Pombos!" Imediatamente o ar se encheu de pombos, que o moço mandou voarem em perseguição da pombinha. Os pombos foram atrás dela e a pegaram. O moço tomou-a, espremeu-a e fez sair um ovo.
Lá longe o Manjaléu se sentia cada vez mais pior. Começava a desfalecer; e como não tivesse dúvidas sobre o que era aquilo, foi levantando o alfanje para degolar a princesa. Mas não teve tempo. O moço havia quebrado o ovo e assoprado a velinha. A mão do Manjaléu moleou - e seus olhos fecharam-se para sempre.
Estava o reino de Castela livre daquele horrendo monstro. O moço levou a princesa para o palácio, onde o rei a recebeu com lágrimas nos olhos. E para comemorar o grande acontecimento decretou uma semana inteira de festas. E acabou-se a história.

Fontes:
MONTEIRO LOBATO, José Bento. Histórias de Tia Nastácia. São Paulo: Brasiliense, 1972. Obras Completas - vol. 4A. pp. 102-5.
Foto ilustrativa de paulosaracchini

sábado, 25 de junho de 2011

Lenda de Minas Gerais- A Lenda do Sino

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A Lenda do Sino
Lenda de Minas Gerais

POR INCRÍVEL QUE PAREÇA, o lado histórico-religioso de Minas Gerais parece ter chegado também aos confins de Ibitipoca com razoável força. Em meio a tantas grutas e corredeiras, lá está o famoso Pião, no alto de uma montanha do parque. Íngreme a ponto da chuva ter destruído as trilhas de terra, o mirante ainda conserva escombros de uma pequena capela, construída no topo daquela montanha há cerca de 40 anos.

O padre do município de Lima Duarte viajava 30 quilômetros a cada três meses para rezar a missa. Após oito anos de funcionamento, a igrejinha foi destruída pela queda de um raio. Sobraram apenas alguns ladrilhos do piso sagrado e o velho altar de pedra, além da imagem de São Bom Jesus, padroeiro da cidadezinha. O santo foi levado para o arraial vizinho de Mogol. Os restos da igreja foram literalmente carregados pela erosão do tempo e do vento.

Conta a lenda que, logo após a destruição da igreja, o tilintar do sino pôde ser ouvido por vários dias em Ibitipoca. Todos acreditaram que o grande sino havia permanecido de pé. Entretanto, quando os moradores locais se dirigiram ao local para verificar o que havia acontecido, não havia vestígios do sino. Aliás, a peça nunca foi encontrada. Chegar até as ruínas implica uma caminhada de cinco horas de ida e volta. Para substituir os trabalhos da Igreja do Pião, foi então construída a Igreja da Matriz de Ibitipoca, localizada no centro da cidade.


Fontes:http://caracol.imaginario.com/estorias/index.html

Lenda de São Sebastião-Mau Agouro


Mau Agouro

Lenda de São Sebastião
O POVO ACREDITA que se uma pessoa falando constantemente uma palavra infeliz, atrai as energias negativas. As palavras ditas geralmente são: desgraça, maldito, inferno e outras mais.
No Bairro de São Francisco, existia um homem chamado Zé Bastos que constantemente praguejava. Era um pescador muito corajoso que não tinha medo de nada. Toda madrugada era chamado pelo seu amigo Constantino para pescar.
Constantino todo dia chamava os pescadores, de casa em casa, para saírem para o mar. Certa noite de lua cheia, indo chamar Zé Bastos, que era mestre de rede, apareceu a sua frente um homem estranho. Por mais que Constantino andasse para alcançar o homem todo vestido de preto, a mesma distância continuava entre os dois. Estranho!
Saindo da rua principal, dobrando a esquina, o homem de preto ia na mesma direção de Constantino... estavam na rua do Fogo, perto da casa do Zé Bastos.
Quando Constantino chegou na frente da casa do amigo, a figura humana desapareceu. Melhor assim.
Zé Bastos gostava de ser chamado delicadamente, assim não perdia o bom humor. Sabendo idsso, Constantino olhou por um buraco na parede de barro, para chamá-lo, em voz baixa.
Meu Deus! O que é isso?
No quarto do Zé Bastos, estava o homem de negro com os dedos nos orifícios de seu nariz: parecia estar sufocando-o. Assustado, Constantino chamou o amigo aos gritos. Zé Bastos deu um pulo da cama, preparado para briga, meio acordado, não entendendo nada. O homem de negro sumira.
CONTAM QUE o homem de negro nada mais era do que a "desgraça" que tinha vindo buscar Zé Bastos, pois vivia chamando-a para levá-lo para o outro mundo. Nesta noite, veio buscá-lo para a morte, mas ele foi salvo pelo amigo Constantino.
Zé Bastos nunca mais praguejou.



Fontes: http://caracol.imaginario.com/estorias/index.html
fontes:

Conto Japonês-Kaguya Hime-A Princesa da Lua





Kaguya Hime-A Princesa da Lua
por: contos de Mukashi
UM CASAL DE VELHINHOS morava bem ao fundo de um bambuzal... Eles não tinham filhos e viviam modestamente fazendo cestos e caixotes de taquara. Certo dia, quando o velhinho cortava bambus, viu que um deles brilhava muito pela raiz. "Mas o que será isso?" Curioso, o velhinho cortou o bambu com o machado. Dentro do bambu, uma linda menininha! Ela era tão pequenina que cabia na palma da mão. O velhinho levou a menina para casa e mostrou para a mulher: "Foi Deus quem nos enviou!" A velhinha também ficou muito feliz e disse:
__ Vamos chamá-la de Kaguya Hime!
il. Lúcia Hiratsuka Depois desse dia, o velhinho começou a encontrar outros bambus brilhando. E, de dentro, saíam muitas moedas de ouro. Só havia uma explicação: era a menina quem lhes trazia tanta sorte.
Kaguya Hime cresceu rápido. Depois de três meses, ela se transformou em uma bela moça, tão bela quanto um raio de luar. Logo a beleza da jovem começou a ser comentada pela região. Muitas pessoas vinham só para vê-la e formava-se uma longa fila em frente a casa. Pretendentes também não paravam de chegar: alguns vinham de muito longe, outros eram pessoas importantes. Mas ela...
Ela não queria se casar com ninguém!
No entanto, cinco dos pretendentes vinham todos os dias, sempre com pedidos de casamento. Kaguya Hime então disse "Se algum de vocês conseguir trazer os objetos que eu pedir, então me casarei com essa pessoa: um vaso de pedra dos deuses que nunca se quebra, o galho de uma árvore de pedras vermelhas, um manto de pele de animal que não se queima no fogo." Os objetos que Kaguya Hime pediu eram todos impossíveis de serem conseguidos. Os pretendentes tentaram falsificá-los, mas todos foram desmascarados.
Um dia, o próprio príncipe chegou à casa de Kaguya Hime:
__ Sua beleza é ainda maior que sua fama. - e ele pediu: Gostaria muito que se casasse comigo. Mas a moça respon-deu: "Eu não posso me casar com ninguém." O príncipe respeitando a sua vontade, voltou triste para o seu palácio.
As cores do Outono tingia o céu...
Kaguya Hime começou a olhar para a lua, com grande tristeza... uma tristeza que ia aumentando a cada dia. Os pais ficaram muito preocupados e, então, perguntaram:
__ Por que você fica olhando a lua, assim tão triste?
__ Estou triste porque logo preciso ir embora. Na verdade vim de muito longe. Sou uma princesa do reino da lua e, na próxima cheia, virão me buscar.
Os velhinhos ficaram muito assustados: como se separar de uma filha tão querida?

Chegou a temida noite de lua cheia.
Os velhinhos pediram ajuda ao príncipe que enviou um batalhão de mil homens para impedir que alguém se aproximasse da casa. A princesa foi levada para o quarto dos fundos e os velhinhos aguardaram ao lado da jovem.
De repente, a lua começou a brilhar, brilhar, brilhar cada vez mais forte. "Preparem os arcos!" -- gritou o chefe da Guarda! Cegos com a luz da lua, ninguém pôde ver a chuva de pétalas que caía, nem a grande comitiva que descia, montada em nuvens, trazendo uma carruagem dourada... Quando todos puderam abrir os olhos, a comitiva já ia alta, levando embora a princesa.

CONTAM AINDA que Kaguya Hime deixou para os pais uma poção mágica de vida eterna. Mas sem a filha querida, os velhinhos não quiseram viver eternamente. Então, queimaram a poção na montanha mais alta e, até hoje, um fio de fumaça bem branquinha continua subindo ao céu, ou talvez, até a lua... essa montanha é o Monte Fuji.




Fontes:http://caracol.imaginario.com/estorias/index.html

Lenda-A Lagoa Sangrenta

Lenda do Rio Grande Sul

A Lagoa Sangrenta


UMA LENDA CONTADA há muitos anos, em nosso município, é a da noiva que aparecia na Lagoa Sangrenta. Durante a guerra de Anita que envolveu parte de nossa região que fazia divisa com o território do Rio Grande do Sul, aconteceu um fato curioso. Dois jovens muito apaixonados, mesmo sabendo que havia luta entre as tropas acontecendo nas ruas, resolveram casar-se num tal dia marcado.
Tudo preparado. Na noite do casamento, a noiva vestiu-se de branco e montada em um belo cavalo, partiu a caminho de seu amado. Porém, ao chegar perto de uma estrada onde havia uma lagoa, foi atacada pela tropa de guerreiros, que a confundiram com os inimigos. Essa tropa acabou por matá-la e seu corpo caiu na lagoa, deixando a água com a cor avermelhada de seu sangue: seu corpo sumiu entre a água e a escuridão.
Após esse dia, moradores da redondeza passaram a chamar essa lagoa de Lagoa Sangrenta. Mais tarde, pescadores que sempre ali pescavam começaram a ficar apavorados, pois afirmavam que, nas noites em que iam pescar, aparecia para eles a Noiva Vestida de Branco, montada em seu cavalo, acenando como se estivesse pedindo socorro.
Por muitos anos, essa lenda permaneceu em nossa cidade, sendo que nenhum pescador encorajava-se de ir pescar na Lagoa Sangrenta. Essa lenda é contada por antigos moradores dessa região e que, por muitos anos, viveram assombrados e com medo.

Fontes:http://caracol.imaginario.com/estorias/index.html

Contos de Suspense-Uma Visita Inesperada

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Uma visita inesperada
Por: Carlos Cacau

Estava eu indo para minha casa após mais um dia de trabalho, era sexta-feira e como de costume fui a um barzinho com os outros advogados e pessoal do escritório. Eu ia encontrar minha noiva, mas ela me ligou de última hora desmarcando, dizendo que estava numa cidadezinha vizinha pelo trabalho, e passaria a noite lá porque não tinha como voltar, achei estranho ela não ter comentado que iria pra lá, mas tudo bem, decidi ir pra casa descansar. Mas no caminho me bateu uma sensação de que eu estava sendo vigiado, sabe aquela sensação de que tem alguém te olhando, que está atrás de você te acompanhando, você olha e não vê nada nem ninguém? Era isso que eu estava sentindo, e reparei que essa sensação estava me acompanhando o dia todo, mas nem me preocupei, “É besteira de minha cabeça, cansada do trabalho da semana!” então liguei o rádio para distrair a cabeça e parar de pensar naquela sensação estranha. Mas a sensação não passa, e estranhamente meu CD parou de tocar, e mudou pra uma estação de rádio. Achei estranho, pois meu rádio não tinha problema nenhum, e o mais estranho era que o rádio estava noticiando coisas ocorridas há um ano. Então mudei a estação e em toda estação que parei, estava tocando músicas de mais ou menos um ano atrás também, parecia que meu rádio estava sintonizado com uma freqüência vida do passado, vinda do ano anterior. Deixei assim e fui curtindo, quando começa a tocar uma música mais animada, e sinto como se tivesse alguém se mexendo no banco de trás do carro, como se estivesse dançando, e vi um vulto pelo espelhinho do carro, me assustei, olhando pra trás, mas não vi nada. Não tinha ninguém ali, apenas eu e a música já bastante tocada, pois fez sucesso essa música entre os jovens. Mas o carro parecia balançar, continuava com aquela sensação de que tinha alguém ali. Logo cheguei em casa, morava sozinho em uma casa, consideravelmente grande e confortável. E pelos acontecimentos dessa noite, esse conforto seria útil para descansar. Então fui tomar um longo banho, e quando estou terminando ouço o rádio ligar na sala, me assustei, mas pensei que fosse minha noiva que conseguiu voltar e veio me fazer uma surpresa. Me enrolei na toalha e desci para vê-la, mas quando chego na sala não vejo ninguém ali, e aquela mesma sensação de que tinha alguém ali, se mexendo, como se estivesse dançando com a música. Procurei a casa inteira, chamei e ninguém respondeu, então desliguei o rádio, pensando que pudesse ser alguma função que eu tinha ativado se saber. Mas assim que o desliguei, ouvi uma batida na mesa atrás de mim, como se alguém tivesse dado um soco na mesa, e um belo soco, o barulho foi alto e forte, um soco de raiva. Virei-me assustado, mas não tinha nada nem ninguém ali, eu estava sozinho na casa.“Pronto, estou tendo alucinações agora, preciso mesmo descansar.” Então subi pro quarto e fui dormir. Mas alguns minutos após eu ter deitado, escutei uns barulhos como se estivessem arrastando alguma coisa pelo corredor de casa, que levava ao quarto, me assustei e fui olha o que era, encostei o ouvido na porta, e sentia que, o que quer que seja, estava se aproximando do quarto, mas o barulho parou ao chegar próximo à porta. Quando desencostei o ouvido da porta para abri-la, ouvi uma batida enorme na porta, quase arrancando-a do lugar, quase cai sentado com o susto, já estava pensando em ligar pra polícia, deveria ter alguém na casa, e foi quando comecei a ouvir gritos abafados e gemidos na sala, abri a porta lentamente pra ver o que acontecia, mas não vi nada, e o barulho persistia, gemidos de dor, gritinhos abafados de sofrimento. Entrei pro quarto e me deitei, “Isso é alucinação, eu estou muito cansado, é isso, vou dormir e tudo passará”. Mas esses barulhos continuaram por horas, quando pararam, mas a pausa durou apenas alguns minutos, logo ouvi novamente o barulho de arrastar, mas logo depois ouvi um grito aterrador, um grito de dor, ódio e angústia, tudo misturado, um que me fez arrepiar da cabeça aos pés, e nesse momento olhei para o relógio, eram 2h da manhã, e junto com o grito, comecei a sentir um cheiro horrível de algo queimando, parecia carne queimando, mas não era bife ou carne de churrasco, era um cheiro horrível de sebo, de carne, de cabelo, tudo misturado, um odor que me causou ânsia de vomito. Os barulhos logo pararam, mas o odor permaneceu na casa a noite toda, mal dormi, apenas cochilava e logo acordava assustado. Pela manhã me levantei, estava tudo calmo, nenhum barulho na casa, nenhum odor estranho nada, tomei um banho e fui tomar café, foi quando minha noiva me ligou reclamando que eu não tinha ido encontrá-la, ela disse que não tinha me ligado coisa nenhuma, e que na verdade tentou me ligar a noite toda, mas eu não atendia. Achei estranho e disse que passaria na casa dela a tarde. Então algo no jornal quase me faz cair de costas, fiquei parado olhando a notícia que dizia. “Hoje faz um ano da morte de Juliana, um crime bárbaro, onde essa jovem foi arrastada pelos cabelos em um canavial, violentada e jogada pra ser queimada viva, ao que se sabe, foi exatamente as 2h da manhã quando ela foi jogada no fogo que queimava a cana para a colheita no dia seguinte, e apesar de machucada ela estava viva e consciente. E seus assassinos conseguiram pena mínima, pois seu advogado havia conseguido desmerecer os testemunhos dos cortadores de cana que testemunharam e tentaram salvar a garota do fogo.”Esse advogado era eu.


Fontes:http://carloscacau.wordpress.com/category/contos-terrorsuspense/

Contos Brasileiros-A Moura Torta

A MOURA TORTA
por:Luis Câmara Cascudo


Era uma vez um rei chamado Massad, que governava um país extenso e cheio de fartura. Esse rei tinha apenas um filho, cha­mado Anuar, um príncipe virtuoso e de bom coração.

Quando Massad morreu, Anuar o suce­deu no trono, governando, desde o início, com sabedoria e justiça. E o povo, que já o estimava sinceramente, passou a amá-lo e respeitá-lo ainda mais.

Um único problema, entretanto, afligia Anuar: passado o período de um ano, que se guardava como luto pela morte do rei ante­rior, as leis do país exigiam que o novo rei se casasse tantas vezes quantas fossem ne­cessárias, até que tivesse um filho para ser o futuro soberano. Mas Anuar não gostava de nenhuma mulher, nem acreditava que pudes­se amar uma pessoa.

Os conselheiros da coroa, com medo de que Anuar perdesse o trono, começaram a procurar-lhe pretendentes entre as princesas de outros países. Viviam a enaltecer a beleza e as virtudes dessas moças, mas o rei nem sequer ouvia as descrições que eles faziam.

Anuar tinha o hábito de todos os dias pas­sear incógnito pelas terras do reino, para poder conversar com os súditos e saber quais eram suas reais necessidades. Um dia, quan­do dava um de seus passeios habituais, che­gou às margens de um rio, onde avistou, sen­tada à sombra de uma árvore frondosa, uma jovem de radiante formosura.

Ao vê-la, o coração de Anuar começou a bater mais forte, e ele imediatamente descobriu que, pela primeira vez na vida, estava apaixonado. Tentando disfarçar a emoção, dirigiu-se à jovem e, depois de revelar sua Verdadeira identidade, pediu-a em casamen­to. O rosto da moça, que estava melancólico, :;<i abriu num sorriso. Afinal, ela tinha se sen­tado ali justamente para pensar no amor que lentia pelo rei e que julgava nunca poder ser Correspondido. Assim, aceitou o pedido sem pensar duas vezes.

A futura rainha, entretanto, deveria ser apresentada à corte condignamente vestida e acompanhada por um cortejo cheio de pompa. Assim, Anuar pediu à noiva que subisse na árvore e se escondesse entre os galhos, en­quanto ele iria até a cidade para providenciar tudo. Recomendou-lhe que não falasse com ninguém nem desse sinal de vida durante sua ausência, pois tinha receio de que a roubas­sem.

A moça atendeu prontamente ao pedido e subiu na árvore para esperar o noivo. Algum tempo depois, viu se aproximar uma escrava muito feia, conhecida como a Moura Torta, que vinha buscar água para os patrões. Tinha as pernas tortas e caminhava com dificulda­de, carregando um pote de barro sobre a cabeça.

Cansada, a Moura Torta sentou-se bem no lugar onde a jovem tinha sido encontrada pelo rei, e começou a pensar na vida.

Obedecendo aos conselhos do rei, a jovem não fez nenhum ruído para que a escrava não desse pela sua presença. Entretanto, quando a Moura Torta se curvou sobre o rio para encher o pote, viu refletida nas águas tran­qüilas a imagem formosa da noiva do rei. E, como não sabia que a moça estava ali, achou que aquela imagem fosse a sua própria.

— Que desaforo! — disse ela, então. — Uma moça tão linda como eu fazendo um tra­balho pesado desse jeito!

E, num acesso de raiva, jogou o pote de barro no chão, fazendo-o em mil pedaços. Depois foi-se embora.

A jovem, do alto da árvore, precisou segurar o riso para não ser descoberta.

Ao chegar em casa, a Moura Torta disse aos patrões que havia levado um tombo e que­brado o pote de barro pelo caminho. Deram--lhe então um barril de madeira, que não se quebrava tão facilmente, e a mandaram outra vez buscar água.

Mas, quando se abaixou para encher o barril, a escrava viu novamente a imagem da linda moça refletida na água. Acreditando de novo que aquela era a sua própria imagem, exclamou com raiva:

— Isso não pode ser! Uma jovem deslum­brante como eu servindo de escrava para os outros!

E, louca de ódio, jogou o barril contra as pedras, espatifando-o.

Desta vez, a noiva do rei teve mais difi­culdade em segurar o riso, e precisou colo­car um lenço junto à boca para não explodir numa gargalhada.

Mais uma vez a Moura Torta voltou para casa e mentiu aos patrões, dizendo que havia escorregado de novo e que o barril havia se espatifado no chão. Deram-lhe então um cal­deirão de ferro e a mandaram buscar água.

Dali a pouco ela chegava ao rio e se de­bruçava sobre as águas para encher o cal­deirão. Mas lá estava novamente a bela ima­gem refletida, e a escrava, sem se conter, gritou:

— Não, não e não! Decididamente sou
bela demais para fazer este trabalho!

E, tomada de um acesso de fúria, come­çou a atirar o caldeirão contra as pedras que havia na margem do rio, tentando quebrá-lo. Como não conseguia, foi ficando cada vez mais irritada, aumentando sua feiúra com caretas e gestos desesperados. Até que a jo­vem, que a tudo assistia, não resistiu mais e soltou uma gostosa gargalhada.

A Moura Torta, assustada, olhou então para o alto da árvore e avistou a noiva do rei.

— Ah, então é você, sua malandra! — ela gritou. — É você quem está fazendo com que eu quebre minhas vasilhas?!

E, para susto da moça, começou a subir na árvore. Mas, chegando ao galho onde estava sentada, não lhe fez nada. Falou de sua vida, da tristeza de ser escrava, até con­seguir conquistar-lhe a simpatia. Depois, co­meçou a afagar-lhe os cabelos, elogiando-lhe a beleza. Quando a moça estava distraída, a Moura Torta, que entendia de bruxarias, ti­rou do bolso um alfinete encantado e, sem que a jovem percebesse, espetou-lhe com força na cabeça. Imediatamente a linda noiva do rei se transformou numa pombinha, que saiu voando dali.

Horas depois o rei chegava, acompanha­do por numeroso cortejo, com soldados, .cria­dos e todos os nobres da corte. Na frente, vinha uma banda de música para abrir pas­sagem. O reino estava em festa com a notí­cia de que o rei iria se casar.

Qual não foi a decepção de Anuar, po­rém, ao encontrar, em vez da belíssima jo­vem que havia escolhido para esposa, a es­crava feia e de pernas tortas a esperá-lo na copa da árvore!

—   Mas o que aconteceu? — ele pergun­tou, surpreso.

—   Oh, Majestade! — disse a Moura Tor­ta. — Foram tantas horas de espera, debaixo de sol e de vento, que minha pele sensível não resistiu!

Anuar ficou completamente desorientado com aquilo, mas não suspeitou de nada. E, como já havia prometido casamento a moça e comunicado ao reino todo sua decisão, não podia voltar atrás. Assim, prosseguiu com a festa e casou-se com aquela mulher horro­rosa.

Um dia depois do casamento, quando o jardineiro do palácio começou a trabalhar, viu pousar numa planta uma linda pombinha, que começou a cantar:

Ó bondoso jardineiro, se não se importa, me diga como passa o rei com sua Moura Torta!

E o jardineiro respondeu:

Come bem e passa bem, passa vida regalada, tão serena e sossegada, como no mundo ninguém!

A pombinha, tristemente, cantou:

Ai, pobres de nós, pombinhas, que só comemos pedrinhas!

E depois saiu voando, desaparecendo do jardim. O jardineiro, espantado, foi corren­do comunicar ao rei o que acabava de ver e ouvir. Curioso, Anuar lhe ordenou que ten­tasse agarrar aquela ave fantástica de qual­quer forma.

No dia seguinte, à mesma hora, lá estava de novo a pombinha, pousada na mesma plan­ta, cantando:

Ó bondoso jardineiro, se não se importa, me diga como passa o rei com sua Moura Torta!

E o jardineiro novamente respondeu:

Come bem e passa bem, passa vida regalada, tão serena e sossegada, como no mundo ninguém!

E a pombinha tornou a cantar:

Ai, pobres de nós, pombínhas, que só comemos pedrinhas!

Mas desta vez, antes que ela se fosse, o jardineiro ofereceu-lhe um laço de barbante, dizendo:

—   Ponha o pé aqui, linda pombinha!

—   Não — ela respondeu. — Meus pés não foram feitos para laços de barbante!

E depois voou, desaparecendo ao longe.

Novamente o jardineiro correu para con­tar ao rei tudo o que havia visto e ouvido. Anuar, cada vez mais intrigado, ordenou-lhe que oferecesse à pombinha um laço de prata.

No dia seguinte, ela voltou a aparecer no jardim e, depois de fazer a pergunta de sem­pre e de receber a mesma resposta do jardi-neiro, este ofereceu-lhe o laço de prata. Mas a pombinha novamente recusou, dizendo que aquilo era muito pouco para ela.

No quarto dia, o rei mandou oferecer-lhe um laço de ouro, que também foi recusado. Só no quinto dia, quando lhe foi oferecido um laço magnífico, todo cravejado de pérolas e diamantes, foi que a pombinha aceitou que lhe prendessem o pé.

O jardineiro a levou então à presença de Anuar, que ficou encantado com a delicadeza da ave e ainda mais porque ela podia real­mente falar.

Prepararam-lhe então uma gaiola deslum­brante e a colocaram na sala do trono, onde todos os dias o rei passava horas e horas a admirá-la e a alisar-lhe as penas.

Um dia, quando Anuar estava mais uma vez agradando sua avezinha, começou a afa­gar-lhe delicadamente a cabeça até que, de repente, passou os dedos pelo alfinete que ali estava espetado.

— Pobrezinha! — disse ele, ao ver do que se tratava. — Quem pôde lhe fazer tamanha maldade?

E, penalizado, segurou-a com carinho, ti­rando, com muita paciência, o alfinete da delicada cabecinha. No mesmo instante, viu surgir à sua frente a linda jovem que havia encontrado às margens do rio.

A moça contou-lhe então tudo o que havia acontecido naquele dia, enquanto esperava por ele sentada nos galhos da árvore. E Anuar descobriu, horrorizado, que estava casado com uma feiticeira má e invejosa. Anulou o casamento e, em seguida, casou-se com a linda jovem.

Para a Moura Torta, reservou um casti­go impiedoso: mandou que a prendessem em um barril cheio de canivetes espetados, de fora para dentro, com as lâminas abertas. Depois, que a jogassem montanha abaixo,  para que rolasse pela ladeira. A Moura Torta já não vivia quando chegou ao pé da monta­nha.  Estava toda estraçalhada.

O rei Anuar e a esposa viveram anos e anos, sempre rodeados de felicidade.

Contos Brasileiros-A Festa no Céu

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Conto tradicional do brasil
A FESTA NO CÉU
por: Luís Câmara Cascudo


Entre todas as aves, espalhou-se a notícia de uma festa no Céu. Todas as aves compareceriam e começaram a fazer inveja aos animais e outros bichos da terra incapazes de voar.
Imaginem quem foi dizer que também ia à festa... O Sapo! Logo ele, pesadão e não sabendo sequer correr, seria capaz de subir àquelas alturas! Pois o Sapo disse que tinha sido convidado e que ia sem dúvida nenhuma. Os bichos morriam de tanto rir. Os pássaros, então, nem se fala!
Mas o Sapo tinha um plano. Na véspera, procurou o Urubu e ficou bastante tempo conversando com ele, divertindo-o muito. Depois disse:
_ Bem, camarada Urubu, quem é coxo parte cedo e eu vou indo, porque o caminho é comprido.
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O Urubu respondeu:
_ você vai mesmo?
_ se vou? Claro que sim, lá nos encontraremos!
Em vez de sair, o Sapo deu meia volta, entrou no quarto do Urubu e, vendo a viola em cima da cama, entrou lá dentro, encolhendo-se todo.
O Urubu, mais tarde, pegou na viola, amarrou-a a tiracolo e bateu asas para o céu, rru-rru-rru...
Chegando ao céu, o Urubu arrumou a viola num canto e foi à procura das outras aves. O Sapo espreitou por uma fresta e, vendo que estava sozinho, deu um pulo e veio para a rua, todo satisfeito.
Nem queiram saber o espanto que as aves tiveram, ao verem o Sapo pulando no céu! Perguntaram, perguntaram, mas o Sapo fazia-se desentendido e não adiantava nada.
A festa começou e o Sapo saltitou de um lado para o outro, divertindo-se muito.
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Pela madrugada, sabendo que só podia voltar da mesma forma que tinha vindo, mestre Sapo foi-se esgueirando e correu para onde o Urubu se havia hospedado. Procurou a viola e acomodou-se, como da outra vez.
Ao pôr-do-sol acabou-se a festa e os convidados foram-se embora voando, cada qual para seu destino. O Urubu agarrou a viola e rumou para a Terra, rru-rru-rru...
Ia a meio caminho quando, numa curva, o Sapo se mexeu e o Urubu, olhando para dentro do instrumento, viu o bicho lá no escuro, todo curvado, feito uma bola. _ Ah! camarada Sapo! É assim que você vai à festa no Céu? Deixe de ser xico esperto...!
E, àquela altitude, virou a viola. O Sapo começou a cair, acelerando de tal forma que até zunia. E dizia, na queda:
_ Béu-Béu!
Se eu desta escapar...
Nunca mais festas no céu!...
E vendo as serras lá embaixo:
_ Afastem-se pedras, se não eu parto-as todas!
Bateu em cima das pedras como um figo maduro, espedaçando-se todo. Ficou em pedaços.

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Nossa Senhora, com pena do sapo, juntou todos os pedaços e fê-lo reviver.
Por isso o sapo tem a pele assim cheia de remendos.

Peter Pan-Conto Infantil

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  Peter Pan
Todas as crianças crescem. Peter Pan não.
Ele mora na Terra do Nunca e junto com
a fada Sininho foi visitar seus amigos:

 
Wendy, João e Miguel.
e Naná.

Peter levou-os para conhecer a Terra do Nunca.
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Com a mágica de sininho eles saíram voando.
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Avistaram o barco pirata, a aldeia dos índios e a morada dos meninos perdidos.

O Capitão Gancho viu Peter Pan
e seus amigos voando e resolveu atacá-los.

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Peter Pan salvou Wendy antes que ela caísse no chão.

 Os meninos perdidos moravam dentro de uma árvore oca.


Wendy contou lindas histórias.
Ela gostou muito dos meninos.
Um dia o Capitão Gancho raptou a Princesa dos índios.

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Mas Peter Pan apareceu para libertá-la.

O Capitão Gancho fugiu e o crocodilo Tic-Tac quase o engoliu.


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Mas ele escapou.

Mas o Capitão Gancho não desistiu. Desta vez capturou os meninos perdidos.
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Levou-os para o barco pirata, de lá eles seriam jogados no mar.
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 Mas Peter Pan veio salvou seus amigos. Lutou com Gancho e o derrubou.


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De volta ao lar, Wendy pediu que Peter Pan ficasse com eles.
Peter Pan disse não, ele preferiu a Terra do Nunca, assim ele nunca cresceria e poderia brincar com todas as crianças sempre.

Peter Pan -Conto


Peter Pan
Certo dia, ao dormir sentada, a senhora Darling acordou assustada e viu Peter Pan entrando pela janela. A um grito, o menino foge pela janela, mas sua sombra fica, Numa noite, Peter e Sininho entram no quarto das crianças à sua procura.Peter não consegue colá-la e chora. Wendy acorda e ajuda-o, costurando a sombra. Peter revela que passa a maior parte do tempo com os meninos da Terra do Nunca e convence Wendy a ir contar histórias para eles, levando junto seus irmãos. A cachorra Naná, que tinha farejado o quarto das crianças, avisa aos pais que algo está acontecendo. O casal vê quatro figurinhas flutuando no quarto, mas quando eles chegam, já estão voando lá fora. Enquanto Peter e os meninos voavam, sua aproximação começou a ser sentida na Terra do Nunca, onde tudo costumava ficar muito tranqüilo quando ele não estava. Aos poucos, a ilha começou a acordar e os meninos procuravam Peter, os piratas procuravam os meninos, os índios procuravam os piratas e as feras procuravam os índios. Gancho procura especialmente por Peter, que um dia decepou-lhe a mão direita, atirando-a a um jacaré que passava. A partir daquele dia o jacaré o persegue para comê-lo, podendo ser identificado pelo tic-tac do relógio que engoliu junto com a mão. Gancho resolve voltar ao navio e fazer um bolo de chocolate perigosíssimo e deixar na Lagoa das Sereias para os meninos. Ouve o tique-taque do crocodilo e foge. O grupo chega. Não descem à terra porque lá está o Capitão. Peter pede a Sininho que guie Wendy, e ela grita aos meninos que Peter ordenou-os que a matem. Caladinho dispara uma flecha, acertando-a. A menina não morre, o botão que trazia junto ao peito impediu. Ao descobrir que Sininho fora a mandante, Peter pede-a que desapareça. Ao redor de Wendy, eles constroem uma cabaninha. Ela passa a tomar conta dos meninos. Certo dia, dois piratas

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aproximam-se do bote com a índia Onça Rosa para que fosse abandonada à Lagoa até morrer.Peter ordena que todos pulem na água e observa à distância os piratas. Ao ver a índia ser colocada num rochedo, imita a voz do Capitão ordenando aos piratas que a soltem.
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O Capitão Gancho descobre que seus homens a haviam soltado a índia diante de uma ordem dele. Gancho dialoga com aquela que, supostamente, seria a sua voz e descobre ser Pan.
Os piratas partem para uma luta com os meninos. Peter e Gancho se defrontam e o pirata é jogado à água com o jacaré no seu encalço. Os meninos buscam por Wendy e por Pan, mas nada vêem. No alto do rochedo, com água subindo, Peter não consegue voar ou nadar. Mas salva Wendy amarrando um papagaio de papel à sua cintura, fazendo-a flutuar. Aguarda a morte quando improvisa um barco e foge. Pelo fato de Peter ter salvo a índia, forma-se uma aliança entre os índios e os meninos. Wendy e os irmãos resolvem voltar para casa. Ao saírem, deparam-se com os índios sendo massacrados pelos piratas, que acabam aprisionando Wendy e os meninos.
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Gancho envenena o remédio de Peter e vai embora, porém, Sininho o toma para impedir que Peter morra, passando mal logo em seguida. É salva pelas palmas das crianças que acreditam em fadas. Pan, ao saber que Wendy e os meninos estão presos, vai ao encontro do Capitão Gancho na embarcação e sobe nela imitando o tique-taque. Gancho havia ordenado que as crianças fossem jogadas ao mar, mas, ouvindo o tique-taque, procura esconder-se com seus companheiros. Os meninos correm à murada e vêem Peter. Ele entra na cabina do capitão. Gancho manda um pirata para buscar o chicote e fazer os meninos dançarem. O pirata vai, mas não volta. Outro pirata entra e sai de lá rodopiando. Obrigado a retornar lá, também não volta. Outro tem o olho vazado por não querer ir e, desesperado, atira-se ao mar. O próprio Capitão Gancho vai à cabina e sai de lá cambaleando. Manda os meninos, na esperança de serem atacados, mas eles se armam, saem em silêncio e se escondem. Peter troca de lugar com Wendy no mastro, dá um grito de corvo, interpretado pelos piratas como um sinal de que os meninos estariam mortos. Gancho ordena jogarem Wendy no mar, mas tem uma surpresa ao ver que se trata de Peter. Inicia-se a batalha e os piratas pulam ao mar. Peter e Gancho digladiam-se e o pirata abandona a luta correndo ao depósito de pólvora e ateando fogo, mas Peter consegue jogar ao mar a mecha fumegante. Vencido, Gancho joga-se ao mar ignorando que o crocodilo lá o esperava. As crianças voltam para casa e são recebidas amorosamente. Wendy pede aos pais que adotem os meninos. Todos aceitam, menos Peter. Ao saber que teria de freqüentar a escola, trabalhar, e nunca mais brincar ele despede-se de todos e volta para a Terra do Nunca, retornando na primavera do ano seguinte completamente esquecido das antigas aventuras. Wendy cresceu, casou-se e teve uma filha chamada Jane que também foi levada à Terra do Nunca, para fazer a faxina periódica. Após casar-se, Jane teve uma filha chamada Margareth, que também viajava com Pan para a ilha. Certamente, quando Margareth crescer, terá uma filha que continuará a viver as mesmas aventuras.

Fonte: http://pt.shvoong.com/books/children-and-youth/1624322-peter-pan/#ixzz1QJbrlZiJ


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